Reabilitação Labiríntica ou Vestibular:

O QUE É?  CAUSAS  E  SINTOMAS

O equilíbrio corporal dos indivíduos depende de informações adquiridas da orelha interna (labirinto), da visão e da somatocepção, que são os receptores periféricos relacionados com orientação espacial. Estas informações são processadas e organizadas em nosso Sistema Nervoso Central (S.N.C.), também responsável pelo controle e planejamento do ato motor para finalmente executar a marcha e a postura corretamente.

Desta forma, o sistema vestibular periférico (labirinto) e o central (SNC) podem estar comprometido por diversas razões como: infecção, inflamação, neoplasia, doenças degenerativas, auto-imunes, vasculares, reumáticas, hormonais, psicogênicas, genéticas, metabólicas, iatrogênicas e posturais. Em função destes inúmeros fatores causadores de alteração no sistema vestibular é que, nos dias de hoje, encontramos em nossa população tantas pessoas com o principal sintoma que é a tontura.

A tontura pode se manifestar como: flutuação, cabeça oca, vertigem giratória, afundamento (estar sendo atraído para o solo), entre outras. Também são comuns nos casos de disfunção vestibular os sintomas de vômitos, náuseas, sudorese frio (suor gelado), mal estar, taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), palidez, ansiedade, medo, distúrbios de audição, cefaléia (dor de cabeça), dificuldades de concentração, distúrbios de linguagem e quedas.

TRATAMENTO

A terapia de reabilitação labiríntica é indicada para todas as idades, com perturbação do equilíbrio corporal, ilusão de movimento, sensação de instabilidade, flutuação, oscilação e vertigem (sensação rotatória de objetos ou de si próprio). O tratamento é indicado principalmente nos casos de:

– vertigens crônicas;

– vertigens por mudança de postura;

– pacientes idosos com alteração de equilíbrio que apresentam quedas ou desvio de marcha;

– tontura em veículos em movimento;

– desconforto em lugares movimentados (shopping, supermercados, feiras…).

Os exercícios bem aplicados e personalizados proporcionam 85% de melhora total dos sintomas, ou então, contribuem na diminuição da intensidade e freqüência da tontura.

O objetivo principal da reabilitação labiríntica é o retorno do paciente às atividades diárias e a recuperação da auto-estima e confiança.

O programa de reabilitação vestibular deve estar de acordo com o tipo de disfunção vestibular que é identificado através do exame otoneurológico.

Os resultados do tratamento dependerão da idade do paciente, da vontade (participação ativa do paciente ao tratamento), de medicações (que podem retardar ou acelerar a compensação vestibular) e o estado psíquico do paciente.

A reabilitação vestibular visa estimular a estabilização visual durante o movimento de cabeça; aumentar a interação vestibulo-visual durante o movimento de cabeça; proporcionar mais estabilidade de postura estática e dinâmica em situações de conflito sensorial; diminuir sensibilidade individual frente a movimentos cefálicos e aumentar níveis de atividade do dia a dia.

Importante que se saiba que sentir tontura e outros sintomas vestibulares, ao longo da realização de exercícios do tratamento podem ocorrer e que isto não representa recorrência de crise ou piora na evolução do quadro. Essas manifestações são comuns no início do tratamento e tendem a sumir com a continuação do mesmo.

Com o tratamento adequado, um número maior e pessoas têm se beneficiado, obtendo grande melhora ou cura dos seus distúrbios labirínticos (vestibulares).

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ORIENTAÇÕES:

– Procurar evitar movimentos corporais bruscos e rápidos. O labirinto precisa do movimento do corpo para retomar seu funcionamento normal. Deve-se evitar passar a maior parte do tempo deitado ou sentado;

– Não suspender os exercícios se sentir tontura. No início, pode ser pior, melhorando com o passar do tempo;

– A melhora começa a surgir, em média, com um mês a um mês e meio de tratamento;

– As crises vertiginosas, embora desagradáveis, usualmente não são graves e não representam risco de vida;

– A disciplina e a tolerância na execução dos exercícios são fundamentais para a melhora. Quanto maiores à insistência e a regularidade, mais rápida a recuperação;

– Não sentir medo da tontura e sim, enfrentá-la;

– Atividades esportivas, como: nadar, jogar tênis, caminhar, hidroginástica e jogos de bola, favorecem a melhora;

– Os exercícios deverão ser repetidos 10 vezes cada, três vezes ao dia;

– Os exercícios que provocarem tontura terão que ser repetidos até não sentir mais tontura;

– A mudança no estilo de vida, como parar de fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, diminuição da dose diária de café, evitar situações de estresse, ajudam significativamente na melhora.