Distúrbios de Linguagem Oral e Escrita:

A leitura e escrita são atividades mentais extremamente complexas, compostas por múltiplos processos interdependentes e que envolvem outras funções neuropsicológicas.

A análise das dificuldades de leitura e escrita auxilia a compreender os processos envolvidos nessas habilidades. A tradicional hipótese de déficit visual perdurou por 50 anos, entre os anos 1920 e 1970. A partir de então, evidências de distúrbios de processamentos fonológicos subjacentes aos problemas de leitura e escrita começaram a acumular-se, enfraquecendo a hipótese de déficit visual. Vários estudos forma conduzidos demonstrando que dificuldades fonológicas (dificuldades relacionadas a percepção e ao processamento automático da fala) e metafonológicas (dificuldades relacionadas à segmentação e à manipulação intencionais de segmentos da fala) são capazes de predizer dificuldades anteriores na aprendizagem de leitura e escrita, e que procedimentos de intervenção voltados para desenvolver consciência fonológica são capazes de produzir ganhos significativos em leitura e escrita.

TRATAMENTO:

Quando o fonoaudiólogo está atuando em escolas sua função é de transmitir conhecimentos específicos de sua área para os demais elementos integrantes da equipe escolar. A passagem desses conhecimentos pode ser através de programas de treinamento, leituras, pequenos cursos ou palestras, que podem abrangem: noções gerais de todo o processo de aquisição da linguagem, visão geral a respeito dos problemas de linguagem e a relação entre os distúrbios da comunicação oral e dificuldades de aprendizagem dentro do processo educacional. Também é possível ministrar orientações aos pais quanto à quantidade, periodicidade e qualidade dos estímulos oferecidos aos seus filhos.

Na clínica o atendimento fonoaudiológico, nestes casos, envolve atividades que enfatizem aspectos perceptuais e lingüísticos envolvidos na dificuldade apresentada pela criança.

O processo de reabilitação se dá através de estimulação das habilidades cognitivas e metacognitivas da linguagem, visando facilitar o processamento da leitura e da escrita em todos os seus níveis: ortográfico, semântico, contextual e fonológico. Atividades de estimulação da linguagem oral e consciência fonológica, a leitura guiada para compreensão, a seleção individualizada de textos de variados níveis, desenvolvendo a fluência e a flexibilidade do leitor, assim como a escrita com um propósito. O objetivo da terapia deve ser o de desenvolver nos pacientes o gosto pela leitura e pela escrita, proporcionando-lhes melhores condições de decodificação e compreensão da leitura, além de uma escrita mais organizada e com menos erros.

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